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quinta-feira, 22 de novembro de 2018

Será que somos felizes


Fonte: (Arquivo pessoal Andréia de Oliveira)


Atualmente, o mundo está de cabeça para baixo, chega ser insano várias loucuras do nosso cotidiano, e tudo isso é tão ruim, porque muitas vez, acabamos que nos tornando indivíduos desencaixados no contexto social. 
Há muitas cobranças no meio social, as pessoas acabam que se entregando a solidão ou usando máscaras só para agradar o outro. 
Mas, será que somos o que realmente idealizamos. 

Andréia de Oliveira

Análise do livro didático de língua portuguesa: "É bom aprender” da Educação de Jovens e Adultos (EJA)


Andréia de Oliveira

INTRODUÇÃO


O referente trabalho tem como proposta metodológica analisar o livro didático de língua portuguesa “É bom aprender” da Educação de Jovens e Adultos (EJA) do ensino fundamental, que é distribuído pelo MEC nas escolas da cidade de João Pessoa, no estado da Paraíba.
A finalidade da análise tem sido buscar compreender através dos aspectos contidos na ficha de avaliação disponibilizada pelo docente da disciplina, se o livro apresenta conteúdos e atividades pertinentes para a valorização dos alunos (as) da EJA enquanto sujeitos ativos no processo de aprendizagem. Além disso, a análise nos possibilita perceber se o livro adotado tem uma boa contribuição para o ensino.
Portanto, iremos destacar no presente trabalho alguns pontos relevantes inclusos em cada segmento da ficha de avaliação, em referência a leitura, a oralidade, a produção de textos, os conhecimentos linguísticos, a estrutura editorial e os aspectos visuais.


DESENVOLVIMENTO

A análise da parte de leitura do livro está subdividida pela seleção de textos. Sendo assim, os critérios de análise em relação à tipologia, podemos destacar dois subtítulos, o primeiro ao que se relaciona a diversidade de gênero, questão essa que aparece no livro bem complexa no quesito cultural, pois está viabilizando a predominância mais central do Brasil, como é o caso das regiões Sudeste e Centro oeste, do que propriamente o contexto regional nordestino onde estão inseridos os alunos (as) do EJA. Vale ressaltar, que a escola não deve negligenciar essa diversidade cultural, porém, o que não pode é esquecer-se de viabilizar uma aprendizagem mais significativa de acordo com o contexto social e cultural dos alunos (as) do nordeste.
Ademais, o segundo critério relacionado à tipologia é importante destacar a diversidade de tipos de texto. Deste modo, o livro atende as necessidades de capacitar os alunos (as) ao conhecimento da diversidade, como podemos ver no texto “Em Código” na página 37 do livro que se trata de uma Crônica e na página 50, aborda a sinopse do filme “Intocáveis” e entre outras diversidades que se encontram, tais como: Bilhetes (p.55), Reportagem (p.58), poema (p.75), Receitas (p.81), Conto Popular (p.97).
Em relação à análise do subtítulo temática, o livro apresenta diversidade de contexto cultural, no qual expõe várias regiões. Nesse sentido, na página 6, aborda o texto “Um país com muitas belezas” e através dele pode-se perceber a colocação sobre
alguns contextos culturais do Brasil. Outro destaque é na página 15, com o contexto cultural da cidade de Bonito, região do Estado do Mato Grosso do Sul.
Com referência a autoria, destaca-se a representatividade de autores com predominância do Rio de Janeiro e também a presença de tradição oral, como no caso do cordel, parlendas ou como, por exemplo, o conto “Sopa de Pedras” da página 97 do livro. Já na parte da textualidade, podemos ressaltar que existe predominância de textos autênticos, ou seja, textos originais, sem modificações. Também há uma relação de presença de textos integrais, sendo estes completos dentro da unidade, como é o caso do texto Bonito, da página 15.
Quanto à indicação de cortes, supressões, adaptações, no próprio texto Bonito, da página 15, contém presença do símbolo [...] demonstrando recortes com a unidade e no quesito extensão, o livro apresenta presença de textos de maior extensão, como é o caso do texto “O poder da Superação” da página 57. Além disso, podemos encontrar a presença significativa de textos complementares conforme o exemplo na página 15, com o texto Bonito que está dentro da unidade, bem como a presença significativa de textos suplementares, como podemos ver na página 20 um cartão postal, no qual mostra a imagem de frente e verso.
Ainda nesse tópico da leitura, no tocante da colaboração para a reconstrução de sentido pelo aluno, pode-se discorrer que mesmo descontextualizado da realidade escolar local, a proposta do livro tem coerência entre os textos e as atividades a serem desenvolvidas, pois, são apresentados antes dos exercícios a serem realizado, informações para a sua realização. Com relação à exploração de conhecimento prévio do aluno é realizada através de exercícios que pontuam algumas vivências do seu cotidiano, em sua rotina informal e formal entre seus pares e sociedade. Além de pontuar positivamente a coesão para que se desenvolvam as atividades escritas para a devida avaliação.
O livro também explora outros textos e gêneros textuais que são pertinentes ao contexto a que se propõe a atividade, e busca de forma clara trazer o aluno sua participação ativa no processo. Não existe variação linguística, apenas uma linguagem coloquial que segue uma linha linear do início ao final da disciplina de língua portuguesa. Em referência, a produção gráfica, as ilustrações são adequadas para o ano em questão. A organização do layout e as cores distribuídas formam um cenário que se harmonizam e dialogam para toda uma comunicação verbal e não verbal.
As atividades de leitura e escrita seguem uma progressão do mais simples ao mais complexo. Além de conduzir o aluno a uma leitura silenciosa e oral para a compreensão do texto, em algumas atividades. Quanto à leitura dos conceitos, eles são formulados em alguns pontos, sem a clareza devida, deixando uma lacuna na construção da objetividade linguística, para a compreensão do aluno. No decorrer da análise, verificou-se a ausência de outros livros portadores de textos, e de outros materiais que possam ser complementares na construção do conhecimento da leitura e da escrita para o ano proposto.
No tocante da oralidade, o livro aborda o uso da linguagem oral, ao observar os enunciado é possível identificar a exemplo da página 33, onde o autor descreve uma atividade e na sequência solicita “Agora, responda oralmente as questões”, ainda assim nas páginas 17, 28, 29,32, 46, 49, 51, 63, 79,108 é possível identificar também a solicitação da exposição oral dos educandos, bem como trabalhos em grupos, partindo de temáticas abordadas nas unidades da obra, predominando a produção oral de atividades e a exposição de temas.
Seguindo a análise da obra foi possível identificarmos a adequação da linguagem oral com enunciados de fácil compreensão , assim como a variedade de gêneros e registros , na página 37 o texto “Em código”, trabalha a adequação do discurso direto estando presente no critério adequação do uso da linguagem oral.
Ademais, os exercícios e atividades foram formulados de modo que possibilite aos educandos o desenvolvimento da fala e abordagem de temas de modo a expor o entendimento de forma oral. O livro trabalha também com a LEITURA OUVIDA, no qual o professor ou aluno faz a leitura para toda a turma, a exemplo das páginas 46, 61,77, é possível observar que a leitura ouvida foi inserida já nas partes finais da obra, para que os alunos já tenham uma prática maior de leitura.
A respeito das atividades e exercícios presentes no livro é possível afirmar que são favoráveis para que ocorra a exposição da linguagem oral, contendo exercícios diversificados e que exploram além da oralidade, a escrita de modo gradativo em complexidade.
Ao longo da análise dos exercícios, foi possível identificar a clareza e correção nos conceitos e a formulação dos mesmos, a exemplo das páginas 30,31 e 39, onde o aluno responde questionamentos a respeito da interpretação textual, e identificará o significado das cores e formas das imagens presentes no cartaz, quando é questionado
no exercício, pela questão “Qual a orientação apresentada no cartaz para o motorista?” logo, o aluno entende de forma clara que precisará descrever sua compreensão.
Em relação à produção de textos, o livro disponibiliza contribuições para situações de uso da escrita e definição de objetivos para essa produção, na pagina 41 a produção escrita é solicitada a partir de uma imagem ao qual mostra imagens que podem ser encontradas em caminhões, deste modo, os alunos então construíram outras frases para socializarem entre si, já na página 44 o bilhete exposto está com a escrita errada, o enunciado então solicita de forma clara a reescrita de modo correto. Logo após, na página 62 o enunciado determina que o aluno inicie o texto usando expressões que estão destacadas e vai dando orientações ao aluno para a escrita e exposição de opiniões.
Ainda nesse tópico, podemos analisar que a tipologia faz-se presente na produção de textos pedidos para os discentes, um fator importante é que pede para eles produzirem textos em diferentes gêneros discursivos, além da diversidade de variedades e registros, com ênfase na linguagem coloquial e culta. Outro elemento essencial, é que a formulação das propostas solicitadas possui adequação em relação aos objetivos, bem como tem variação nas formulações, ou seja, as atividades de produção são diferenciadas.
Além disso, o livro permite que os alunos avaliem a produção dos seus textos, nesse sentido, podemos perceber que as atividades dispõem presença significativa de propostas de autoavaliação, pois na maioria das atividades, ao final permite que o educando reflita, como por exemplo, faz questionamentos do tipo: “se ele teve dificuldades, se foi difícil, se para ele foi importante fazer a atividade, entre outros” como podemos ver nas páginas 61, 62, 78 e 112. Ademais, as propostas das atividades também permite que os alunos socializem os textos produzidos.
Em referência a estrutura editorial do livro analisado percebe-se que os textos principais tem uma predominância de preto, e a sua estrutura está hierarquizada da seguinte forma: Títulos, subtítulos etc., evidenciados por meio de recursos gráficos que estão em todos os textos principais da obra. Em destaque estão: a forma da letra, e o tamanho da fonte.
A impressão está isenta de erros graves, até porque foram analisadas em grupo e confirmadas com a professora de português, em algumas páginas que serviram de parâmetro para as demais. Além disso, o livro traz a edição renovada. Da mesma forma que a impressão, a revisão está isenta de erros graves pelo fato de estarem
harmoniosamente escrita em português de forma clara, numa linguagem acessível ao leitor dentro da modalidade proposta.
Na parte pós-textual, tem a presença de glossário, mas apenas em algumas páginas, na qual foram necessárias, devido à presença de algumas palavras que não são encontradas na rotina do aluno, neste ciclo da EJA e também existe a presença de algumas referencias bibliográficas.
Em nenhuma parte da língua Portuguesa neste livro foi encontrada indicação de leituras complementares. O Livro escolhido tem destino a Educação de Jovens e Adultos (EJA), no entanto, selecionamos a parte da língua portuguesa e analisamos segundo o que foi solicitado pela docente da disciplina.
No que se refere aos aspectos visuais, pode-se afirmar que há legibilidade gráfica no que se trata ao tamanho da letra, adequando o espaço entre letras, palavras e linhas e a impressão de cada folha permite que haja nitidez na leitura em ambos os lados da folha. Nessa perspectiva, isso influencia e contribui diretamente no entendimento do conteúdo, pois sem legibilidade no texto escrito a interpretação do interlocutor é prejudicada.
Com relação à qualidade visual, percebe-se que há a presença de textos e ilustrações adequadas, de forma que os textos longos são apresentados de maneira que não desencoraja o aluno utilizando de recursos de descanso visual, no qual é um bom elemento de capturar e fornecer aprendizagens aos alunos.
As ilustrações apresentadas são isentas de estereótipos, preconceitos, o que mostra o cuidado com a diversidade na qual estamos inseridos. Tais ilustrações são acompanhadas de títulos, legendas, créditos quando se faz necessário. Sendo assim, elas são adequadas para seu devido fim e auxiliam na compreensão, enriquecendo ainda mais os textos, recorrendo a diferentes linguagens visuais. Essa ferramenta é de grande importância, pois através dela o aluno consegue ter um apoio para absorver o conteúdo explícito pelo texto, podendo acrescentar, complementar e comparar informações.


CONSIDERAÇÕES FINAIS

A partir da análise do livro didático “É bom aprender” da Educação de Jovens e Adultos (EJA), foi possível analisarmos a importância com os cuidados que devemos tomar no que se refere a fazer escolha de um bom livro. Outro destaque da análise é com a compreensão sobre a funcionalidade do livro e como devemos explorá-lo de
forma mais adequada possível em sala de aula, para que o mesmo venha torna-se uma ferramenta de ensino eficaz.
Enfim, com a análise de um livro há inúmeras possibilidades de percebemos qual é a intenção da aplicação dos exercícios, bem como os objetivos referente a linguagem utilizada no livro se é clara e coerente com o nível da escolaridade ou se está dentro do contexto da realidade onde o aluno está inserido.





REFERÊNCIAS

É bom aprender- edição renovada: volume 2: Educação de jovens e adultos- anos iniciais do ensino fundamental. 1º ed. – São Paulo: FTD, 2013, p. (Coleção é bom aprender).

A importância dos gêneros textuais nas práticas pedagógicas nas séries iniciais do ensino fundamental


Andréia de Oliveira

Ao longo da história da humanidade, sempre esteve presente a comunicação, que é um elemento indispensável na vida do ser humano. A comunicação não está associada somente pela oralidade, uma vez que ela se manifesta por diversos tipos de gêneros, podendo ser pela escrita, sons, gestos ou outras formas que estão relacionadas com a atividade humana.
O ser humano depende da comunicação para estabelecer relações de interação com o seu meio, sendo assim, a criança ao nascer começa a partilhar a comunicação primeiramente com a família, porém no decorrer da sua fase de crescimento vai precisar de uma educação sistematiza. E essa educação sistematizada provém da escola, um lugar ao qual a criança passará a ter novos vínculos sociais por meio da interação com seus pares, adultos e o mundo que a cerca.
Partindo dessa premissa, a motivação para a escolha do tema a importância dos gêneros textuais nas práticas pedagógicas nas séries iniciais do ensino fundamental I, surgiu do contato das disciplinas organização e prática do ensino fundamental, principalmente das leituras de Bakhtin (1992), Soares (2010), vídeo do acervo do programa Salto para o Futuro (2013), além da minha experiência no estágio supervisionado obrigatório no ensino fundamental, ao qual me encantei com a metodologia da prática pedagógica da professora supervisora.
A finalidade da pesquisa consiste em algumas indagações em identificar qual a importância da funcionalidade dos gêneros textuais na prática pedagógica em relação ao processo de alfabetização dos alunos (as) que estão nas séries iniciais do ensino fundamental I. Tendo como objetivo geral compreender como são trabalhados os diversos gêneros textuais na prática pedagógica nas séries iniciais do ensino fundamental I, a metodologia aplicada em sala de aula por parte da professora, identificar quais são gêneros textuais aplicados, bem como a verificação se os recursos utilizados na prática pedagógica são adequados para cada tipo de gênero textual.
Portanto, a temática é de grande relevância pelas múltiplas possibilidades existente de se trabalhar com a diversidade dos gêneros textuais na prática pedagógica, por ser uma oportunidade de lidar com a linguagem oral e escrita nas mais variadas formas de usos, além de tornar a alfabetização mais significativa. Uma vez que os benefícios de variar os gêneros textuais são muito importantes no processo de alfabetização, para não reduzir a leitura da vida, somente a leitura da escola, por isso é preciso contemplar a sala de aula com a diversidade de escrita e texto que há no mundo do qual ela vive e partilha com o outro.
Outro destaque em relação aos benefícios de se trabalhar com os gêneros textuais são de ofertar uma prática pedagógica que fornece uma complementação enriquecedora na
formação de futuros bons leitores, porque os alunos (as) passam a ter o contato com a leitura e a escrita pelo prazer e não pela obrigação.
Assim, até o presente momento, podemos afirmar que esta pesquisa traz contribuições significativas tanto para estudantes dos cursos de licenciaturas em geral, principalmente aos do curso de Pedagogia ou a quem se interessar por esta temática.


Referências
BAKHTIN, M. Os gêneros do discurso. In: Estética da criação verbal. Tradução de M. E. G. Gomes Pereira. São Paulo: Martins Fontes, 1992. P. 277-326.
SALTO PARA O FUTURO – ACERVO. Literatura e outros gêneros textuais no ciclo de alfabetização. Ano XXIII – Boletim 5 – Maio 2013.
SOARES, Magda. Letramento: um tema em três gêneros. Belo horizonte: autentica. 2010.

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